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3 Comportamentos que podem estar a comprometer

 

Ao longo do acompanhamento que disponibilizamos aos nossos clientes vamos reunindo algumas situações que são feitas inocentemente e de forma inofensiva na tentativa de remediar algumas adversidades e contrariamente ao esperado podem acabar por ter alguma influência no resultado final. Neste artigo vamos descrever algumas delas para que consigas identificar e saber como agir quando estas situações surgirem no teu caminho. Estas situações são um reflexo daqui que acontece no dia-a-dia, quer estejas a ser acompanhado ou não pelo que vai ser bastante útil e com certeza que te reverás em alguns pontos:

 

A adição de gorduras para cozinhar ou temperar os alimentos

Toda a gordura a usar deve sempre estar inserida no plano sendo que caso essa gordura não esteja inserido e seja adicionada à parte o que acontece é um aumento da ingestão calórica, este aumento da ingestão calórica pode ser o suficiente para desequilibrar o défice energético e impedir a perda de massa gorda ou até mesmo contribuir para o seu aumento. O problema da adição de gordura para temperar os alimentos, ou então para a confeção, é que uma pequena quantidade acrescenta bastantes calorias à refeição e uma refeição que teria cerca de 350Kcal pode passar a ter cerca de 450Kcal se lhe adicionamos apenas uma colher de sopa de azeite. 

 

 

Os frutos secos para “tapar buracos”

Os frutos oleaginosos (comumente chamadas de frutos secos) têm sido categorizados como alimentos saudáveis e esta conotação de “saudável” quase que atribui uma permissividade total ao seu consumo. Não há dúvida de que os frutos oleaginosos têm um grande interesse do ponto de vista nutricional mas por serem interessantes não significa que são bons para consumir a “torto e a direito”, neste caso muito pelo contrário. Os frutos oleaginosos são interessantes pelo seu teor em ácidos gordos insaturados, proteína e fibra e é exatamente por este teor em ácidos gordos insaturados que é necessário algum cuidado no seu consumo pois apesar de fornecerem gorduras insaturadas não deixa de ser gordura e há um valor energético associado. É prática bastante comum quando sentimos fome pegarmos num punhado de amendoins, nozes ou cajus para “tapar” a fome, principalmente se ainda não for hora habitual da refeição programada. Esse “punhado” que usamos para tapar a fome pode estar a acrescentar 200Kcal ao nosso dia alimentar, o que é bastante, não falando nos casos em que acabamos por comer quase meia embalagem de tão viciantes que estes alimentos podem ser. 

 

 

Não pesar as refeições e colocar “a olho”

Para quem está a seguir um plano alimentar é mais fácil ter conhecimento da quantidade de comida que deve colocar em cada refeição, no entanto não deixa de ser importante que toda a gente faça o mesmo para, pelo menos, ter uma noção da quantidade de comida que come. Pesar a comida permite-te equilibrar melhor as tuas refeições. Se tens um plano alimentar sabes que o ideal será não ultrapassar as gramas de cada alimento, ou colocar em défice, mas é um tanto comum em algum momento começar a colocar as quantidades a “olho”, ou então colocar um pouco mais de determinados alimentos. Pode tornar-se um pouco maçador ter sempre uma balança atrás para pesar a comida e este é parte do motivo pelo qual pode haver esta desistência de medição a longo prazo. A solução para este problema pode passar por criares tu as tuas próprias medidas com os utensílios que normalmente usas para servir a comida. Atualmente temos uma enorme variedade de faqueiros pelo que, não só mas também, deixou de ser viável fazer planos alimentares com quantidades medidas através de utensílios (como por exemplo 5 colheres de sopa de arroz), as colheres que se usavam há 10 anos atrás não transportam a mesma quantidade destas colheres mais modernas e só por aí poderemos ter um erro bastante significativo a nível calórico a longo prazo. Pesa os alimentos das tuas refeições numa balança e vê quantas colheres das que usas em casa corresponde a essa quantidade, é certo que pode haver um maior erro associado do que fazendo a pesagem da quantidade certa mas será um erro muito menor do que se colocares a “olho” e há alimentos em que não há outra opção a não ser pesar na balança mas já consegues aliviar um pouco a pressão das pesagens sem descurar muito o rigor. 

 

Uma outra situação comum é acrescentar um pouco mais de carne ou pescado porque “é proteína” e a proteína tem uma conotação de boa ou então acrescentar um pouco mais de fruta ou legumes. Quer seja muito quer seja pouco acrescentar vai sempre trazer um aumento de calorias, mesmo sendo fruta e legumes ou fontes proteicas. Todos estes alimentos têm calorias associadas e, possivelmente, em uma refeição isolada não terá um impacto muito significativo a nível calórico mas o problema está na continuidade deste aumento a longo prazo. Se acrescentares 30g de carne ao almoço poderás estar a acrescentar cerca de 50Kcal, o que não é alarmante de forma isolada, o problema poderá ser relevante se para além de aumentares 30g de carne ao almoço aumentas também ao jantar e depois aumentas a fruta em mais 3 refeições entre outros alimentos, neste contexto podes terminar o dia com uma ingestão calórica bastante superior ao suposto. Mesmo que apenas aumentes a carne em 50g de almoço no final da semana serão 350g de carne a mais, o que pode representar cerca de 500Kcal a mais em uma semana e 2000Kcal em um mês. 

 

Por vezes estas situações parecem-nos tão inofensivas que nem ponderamos o facto de poderem ter uma grande influencia a longo prazo até que chega a uma altura em que não percebemos o porquê da nossa evolução estagnar. A razão desse estagnar na tua evolução pode estar aqui neste artigo, se te revês em algumas destas situações neste momento já tens um bom conhecimento para tentares identificar e corrigir as potenciais causas. 

 

O conteúdo deste artigo é de caracter informativo e não deve ser interpretado como aconselhamento profissional. As opiniões contidas não devem ser usadas para diagnóstico e/ou tratamento de problemas de saúde. É sempre imperativo o aconselhamento com profissionais de saúde antes de aplicar qualquer dieta ou regime alimentar. Os valores calóricos apresentados não devem ser tomados como exatos, são uma média com base na Tabela da Composição de Alimentos do INSA e dependem do tipo de alimento usado. 

 

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